quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Manifesto da Moda Contemporânea - Introdução


 



A idéia do "manifesto" é meio antiga. Apesar de ser fashion freak eu ainda acho q muita coisa pode ser mudada na moda contemporânea se é que podemos dizer que ela existe. Desde o último feriado eu estou com esse texto e finalmente eu vou começar a postar. Essa é a introdução, espero que gostem ( e desculpem o tom meio revoltado) e semana que vem eu posto a continuação. Se gostarem é só divulgar o link. Quanto mais gente souber e participar (deixando comentários no final) quem sabe podemos mudar alguma coisa na mídia fashion...Afinal é p/ isso que servem os blogs (mesmo os pouco populares xDD)... Ah! Já ia me esquecendo....Muito obrigada ao povo que leu e deu sua sugestão no texto e especialmente ao Tomaz pelo comentários e correções.

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O 
 que marca a indústria da moda do século XXI? Criações Lagerfeld –Chanel, as loucuras adoráveis de Alexander Mcqueen, a cara plástica de Donatella Versace ou as tentativas ativistas de Vivienne Westwood? Não posso negar que as coleções das últimas temporadas são lindas, nada mais do que perfeitas plasticamente falando. Onde ficou perdida a ideologia que a moda trazia? O conceito MODA expressava o que os jovens queriam mudar em suas sociedades ou muitas vezes um jeito de se vestir que se adaptava a uma nova realidade. Chanel não criou os modelos de jérsei pensando em quantos milhões a sua grife lucraria alguns anos depois. Ela pensou nas mulheres francesas que não podiam mais pagar empregadas para amarrar espartilhos, mulheres que precisavam de roupas confortáveis para trabalhar e mesmo assim continuarem elegantes. O movimento punk, por exemplo: os jovens saíam para reclamar do governo, propor o Anarquismo e protestar contra os conflitos entre Irlanda e Inglaterra. Não imaginavam que seu estilo ia render lojas e coleções com preços inalcançáveis.
E são estes mesmos preços que dão à moda diversos sinônimos como “luxo”, “dinheiro”, “elite” e o mais novo “it-thing/girl”. Estilo é só mais um acessório. Com uma carteira cheia de cartões de crédito e uma consultora de moda influente qualquer um compra as ultimas tendências de Paris, Londres e Milão. Onde ficou a revolução interna que leva a criação de uma tendência? Hoje a tendência nada mais é do que peças antes consideradas incabíveis no fashion world e que após serem desfiladas por it-girls caem no gosto popular, aparecendo em mais de 50% das vitrines e passarelas.
Enquanto isso os estilistas continuam isolados em suas torres de cristal desenhando roupas para aqueles que podem pagar por elas, lucrando cada vez mais e mostrando em revistas importantes suas mansões, iates e ilhas particulares. O mundo passa a ficar bipolarizado. Parte das pessoas acredita que moda é inútil (se fosse ninguém precisaria se vestir...) e a outra parte se contenta em reproduzir o “must” ou comprar direto dos ateliês mais famosos.
Acho que chegou a hora de pensar e mudar o conceito... O que marcará o século? O que será acrescentado à sociedade?  Enquanto isso, continuamos com o vintage e com o que nos dizem que é legal, bonito e inovador.